segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cerimonialista por um dia

Neste sábado eu fui cerimonialista de casamento pela primeira vez.
Uma prima materna casou-se e pediu minha ajuda para o momento da cerimônia e alguns detalhes na chácara.
Os comes e bebes foram feitos pelas famílias, mas ela contratou decoração, prataria, porcelana e o serviço de buffet.
Eu fui ao local várias vezes durante o dia, e consegui fazer um exame que estava agendado para 11h00 (cheguei mais cedo na clínica e consegui sair antes do previsto).
Ao meio-dia eu estava na chácara novamente fazendo uma pequena lista do que ainda era necessário comprar. A noiva ainda estava lá (estava atrasada para o horário marcado no salão) e aproveitou para solicitar mais algumas coisas, e pediu para que eu fosse com o noivo para ajudar.
Nosso tour:

  •  Salão de beleza: deixar a noiva;
  •  Papelaria: comprar caneta especial para escrever no livro de recordações;
  •  Loja de doces: comprar pratinho de acrílico para servir os frios e suco em pó para fazer a batida. Os pratinhos que encontramos eram muito pequenos e decidimos não levar, e por isso acabamos nem olhando o resto;
Seguindo pela mesma avenida encontramos uma grande loja de embalagens aberta e eu disse que lá encontraríamos grande parte da nossa lista. Compramos:
  • Pratinhos de acrílico do tamanho ideal;
  • Saleiros para temperar a salada;
  • Mais copos descartáveis por precaução (no casamento foram usadas taças, mas a comemoração iria até domingo);
  • Sacos de lixo;
  • Muitos pacotes de papel higiênico;
  • Pano de chão.
Na loja de embalagens encontramos pulseirinha neon, que era o único acessório que faltava para a balada do casamento. Ainda faltava comprar o suco em pó, e voltamos na loja de doces, que só tinha de pacotes pequenos.
Duas horas da tarde. Eu de Crocs nos pés, cabelo preso e somente com uma bisnaguinha no estômago que eu comi na clínica (o exame era em jejum). O noivo ainda estava com a roupa que utilizou para o casamento civil. Nós dois estávamos sem almoço.
Havia um supermercado ao lado da próxima loja de doces, onde compramos sal grosso, azeite, pimentão, tomate e produtos de limpeza.
Após essas compras só faltava o gelo, que compramos numa peixaria próxima ao supermercado.

Compras feitas, mas faltava arrumar uma pessoa para nos ajudar na limpeza dos banheiros durante a festa - detalhe muito importante que foi esquecido. Passamos na casa da minha tia e a minha prima (irmã daquela que faz nhoque) conseguiu com que a Maria nos ajudasse (Maria é uma batalhadora gente fina que eu só conhecia por telefone).

Duas e meia. Voltamos para a chácara, peguei meu carro, passei em casa para pegar a roupa e o sapato escolhido e corri para a casa da tia novamente. Lá eu tomei banho e comi um lanche quentinho enquanto a Gabi (muito obrigada Gabi!) arrumava meu cabelo. Depois do lanche eu comecei a fazer a unha, enquanto a Gabriela fazia a maquiagem. Eu precisava estar Às 16h00 na chácara, mas saí às 16h30 da casa da tia. A sorte é que tudo era perto.

Quando eu cheguei ao local os doces já haviam chegado e a decoração estava sendo montada. Estava tudo certo, exceto que algumas mesas atrapalhariam os parinhos no momento da cerimônia. Eu pedi ao responsável pela decoração que mudasse duas mesas de lugar, mas ele disse que não seria possível. Expliquei a ele o problema, e o máximo que conseguimos foi afastar um pouco as da frente.

Cinco e meia. A noiva me manda uma mensagem dizendo que já está pronta, e a cerimônia estava marcada para seis e meia.

Seis horas. Faltavam alguns padrinhos.

Seis e meia. A banda ainda não tinha chegado. Eu procurei o contrato da banda nos contratos que a noiva havia entregue a mim, mas não encontrei. A solução era ligar para ela, visto que ela é amiga de um deles. Dez minutos depois ela me retorna dizendo que houve um problema e que no máximo sete e dez eles chegariam.

Sete e quinze eles chegam e começam a descarregar. O espaço, que era pequeno para os padrinhos, era menor ainda para a banda. Eu tive de mexer com outra mesa de convidados, que não gostaram nenhum pouco.  Eu cheguei a sugerir que eles ficassem no início do tapete vermelho, mas como o local não possuía preparo acústico, o melhor lugar era na frente mesmo. Ficaram espremidos, não daria para vê-los, mas mesmo assim foi lindo.

Antes de começar a cerimônia eu pedi a um garçom que levasse água para a noiva. A partir deste momento eu parei de olhar no relógio, mas estimo que a cerimônia começou um pouco antes das oito horas.

Precisei deslocar uma coluna de flores, e consegui fazer com que os padrinhos da noiva se ajeitassem, mas não teve acordo com os padrinhos do noivo, pois o último casal não vinha mais para trás, e a irmã do noivo estava escondida atrás de outros padrinhos. Solução: pedi a ela que viesse por último e ficou ótimo!

Os noivinhos: filho da noiva e filha de um amigo deles (o violinista, por sinal). Eles estavam muito fofos. Expliquei que eles tinham de entrar devagar e sorrindo. Eu estava ao lado do corredor (sempre atrás das câmeras e dos fotógrafos) no momento em que eles entraram. Fiquei o tempo todo sorrindo, e quando eles me viam, lembravam-se de sorrir e sorriam ainda mais.  Foi lindo, e a noiva se emocionou.

Oito e meia: o responsável pelo buffet me procura e pergunta sobre a champanhe: ninguém lembrou deste detalhe. A esta hora, o único local aberto mais perto seria o Carrefour. Fui até dois tios e perguntei se um deles poderia fazer este imenso favor. Eles não gostaram, afinal quem gostaria de sair no meio da cerimônia? A minha irmã me perguntou o que estava acontecendo e lembrou que na casa da minha mãe tinha uma guardada. Um dos tios aceitou acompanhá-la. Mais um problema resolvido!

Depois que acabou a cerimônia foi muito mais tranquilo, mas ainda assim eu continuei preocupada. No jantar eu fiquei sentada por somente cinco minutos (coitado do meu noivo, não dei um minuto de atenção a ele, e só vi que ele estava com a roupa que eu havia sugerido).

Eu levei os noivinhos ao quarto em que estavam os presentes, os doces e os acessórios para a balada. O noivo havia comprado um Kinder Ovo para cada um, e eles comeram escondidos. Divertiram-se muito neste momento! Assim que eles terminaram de comer, eu mostrei os acessórios que seriam utilizados na balada e disse que eles seriam os primeiros a escolher. Eles adoraram!!!

Os cinegrafistas e as fotógrafas me ajudaram muito, pois davam dicas importantíssimas durante a cerimônia e durante a festa também!
Falando em fotografia, eles fizeram uma foto que tem um efeito mágico igual a esta, que eu achei aqui :




Balanço final: a noiva era a mais linda que eu já vi em toda a minha vida. O noivo estava muito tranquilo. Apesar do atraso da banda, a cerimônia foi linda. Eu estava preocupada o tempo todo e, mesmo chegando em casa, demorei quase uma hora para "desligar". Os pequenos imprevistos foram resolvidos e não tiraram o sorriso do casal em nenhum minuto.

Eu nunca havia tido uma experiência desta em um evento tão importante e com tantos detalhes. Foi muito gratificante ver tudo correr bem e a felicidade do casal. Amanhã a noiva vai embora para uma cidade próxima à Curitiba e nos veremos apenas algumas vezes por ano. Do fundo do meu coração eu desejo a eles toda a felicidade do mundo e que Deus os abençoe sempre.

Sabe, o problema que eu tive com a preparação do meu casamento tornou-me uma pessoa menos sonhadora, mais pé no chão, pois todo o sonho que eu tinha do dia mais importante da minha vida desmoronou em poucos meses, e até então eu havia desistido de fazer algo parecido. A última ideia que tínhamos era fazer do casamento o mais íntimo possível ou nem fazer festa, mas a experiência que eu tive este final de semana mexeu comigo. Há uma sementinha querendo crescer novamente aqui dentro e desta vez eu não deixarei ninguém podá-la. Quem sabe o ano que vem eu não subo ao altar vestida de noiva!

Um beijo,

Bianca




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